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Em São Paulo, Sindicato realiza ato político para celebrar reintegração dos demitidos de 2014

20.07.18 Notícias, São Paulo Tags:, ,

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou nesta quinta-feira, 19, um ato político para celebrar o reintegração de todos os trabalhadores demitidos na greve de 2014.

Estiveram presentes trabalhadores que foram reintegrados, os secretários-gerais do Sindicato, Alex Fernandes, Raimundo Cordeiro e Wagner Fajardo além de diretores do Sindicato. A Fenametro foi representada por seu presidente, Celso Borba, e também esteve presente Paulo Pasin, que era presidente da Federação à época da demissão.

Como convidados participaram Maurício Costa, pelo PSOL, o Deputado Carlos Zarattini, do PT, Marcello Pablito, do Sintusp, o Deputado Orlando Silva, do PCdoB, Frederico Henriques, representando o mandato da vereadora Sâmia Bonfim, do PSOL, Ariana Golçaves, do PSTU, Arilton Soares, representando o mandato do vereador Toninho Vespoli, a Deputada Leci Brandão, do PCdoB, Paulo Pedrini, da Pastoral Operária, Altino Prazeres, que era presidente do Sindicato à epoca das demissões, Nadia Gebara, do Sindicato dos Químicos Unificados e da Intersindical, e Sérgio Canuto da Silva, do Sindicato dos Eletricitários.

A readmissão foi encarada pelos presentes como uma vitória política e jurídica não só da categoria, mas de todos os trabalhadores, nacional e internacionalmente, em especial pelo reconhecimento do direito de greve. Foi lembrado também que a perseguição política aos lutadores vem acontecendo em várias esferas, como com o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e a condenação judicial de 23 ativistas do Rio de Janeiro que protestavam na mesma época da demissão dos metroviários.

Entenda a luta

Após quatro anos de intensa luta, 37, dos 42 metroviários demitidos pelo Metrô de São Paulo por participarem da greve de 2014, foram reintegrados. A vitória desta reintegração é de todos os trabalhadores, fortalece o movimento sindical e a luta pelo direito de greve.

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Em junho de 2014, às vésperas da Copa Mundo, os metroviários realizaram uma greve de cinco dias, que recebeu repressão policial e terminou com a demissão de 42 trabalhadores. Destes 42, dois foram readmitidos de maneira imediata, e três dirigentes sindicais, Alex Fernandes e Dagnaldo Gonçalves, diretores do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, e Paulo Pasin, então presidente da Fenametro, ganharam na justiça sua readmissão, tendo que provar inocência frente acusações absurdas do Metrô.

Em abril de 2016, em ação coletiva, 37 trabalhadores ganharam na 2ª instância o processo de demissão de justa causa, porém sem conseguir a readmissão imediata. Neste ano, processo estava na 3ª instância.

Em assembléia realizada no mês de abril, a categoria aprovou um acordo com o Metrô, que repõe os valores perdidos pelos trabalhadores e readmite todos. A vitória reafirmou um direito dos trabalhadores, que é de realizar greves, e fortalece a luta coletiva e sindical.

Nestes quatros anos, a categoria realizou diversas lutas e manifestações pela readmissão dos demitidos, e de maneira solidária colaborou financeiramente para manutenção das necessidades dos companheiros.

Os metroviários também receberam neste período grande solidariedade nacional e internacional, de parlamentares do PSOL, PT e PCdoB, assim como ações de diversos sindicatos e juristas.