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Campanha salarial: Enfrentar a Reforma trabalhista e as privatizações

01.03.18 Geral, Notícias Tags:, ,

A direção da Fenametro debateu no último dia 24, em sua reunião, os desafios a serem enfrentados nas campanhas salariais metroferroviárias neste ano. Com a aprovação da Reforma Trabalhista, diversas empresas já estão tentando retirar direitos da categoria, e a batalha será grande.

A Reforma não será o único desafio, metrôs e trens estão ameaçados de privatização e a terceirização já chegou forte em alguns Estados. Neste ano, a privatização atingiu as Linhas 5-Lilás e 17-Ouro metrô de São Paulo, e ameaça a Trensurb, cuja tarifa aumentou 94% numa óbvia tentativa de tornar o metrô mais atrativo para iniciativa privada.

Para Fenametro, ainda que com a especificidade de cada Estado, é necessário realizar uma campanha salarial unificada, que enfrente a Reforma Trabalhista, a privatização, e as terceirizações, por nenhum direito a menos para categoria! A diretoria participará das campanhas e negociações dos sindicatos filiados, e está aberta ao diálogo com os metroferroviários.

Realidade dos Estados

No Rio Grande do Sul está em julgamento o dissídio 2017/2018, foram discutidas as pautas a serem apresentadas à empresa além de uma comissão de negociação. O Sindicato está reunindo os setores para discutir a campanha e a questão das reposições e escalas.

Os metroviários do Rio de Janeiro estão buscando sugestões da base para campanha na MetrôRio e na Rio Trilhos auxílio jurídico, já que estão há 13 anos sem acordo coletivo. No metrô há outro problema a ser enfrentado, que é o conflito entre seguranças e ambulantes, em que a empresa impõe medidas que arriscam a vida dos seguranças.

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No Piauí houve uma assembleia com 100% de participação da categoria, e há pouco mais de 1 mês o Sindicato deu entrada com o pedido de acordo coletivo, ainda sem resposta da empresa.

A CBTU, onde trabalham os metroferroviários de Minas Gerais em Recife, já anunciou que irá implantar alguns pontos de acordo com a Reforma Trabalhista, com mudanças na escala, na licença maternidade e na cesta natalina. A categoria está se reunindo para enfrentar estes retrocessos.

Em Brasília os metroviários passaram por uma grande greve, pelo cumprimento do acordo coletivo, e este ano já encaminharam as propostas sociais à empresa, e estão reivindicando o cumprimento do acordo que indicava as cláusulas financeiras.

O eixo central da campanha salarial dos metroviários de São Paulo será debatido no Congresso da categoria, que acontece neste final de semana. A categoria está num enfrentamento com o governo do Estado contra a privatização e terceirização, com demissões acontecendo com frequência.