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Com aumento da tarifa de metrôs, trens e ônibus, acontecem protestos em todo o país

05.01.16 Geral, Notícias Tags:, ,

O ano de 2016  se iniciou com o anúncio do aumento da tarifa de metrôs, trens e ônibus em diversas capitais do Brasil. Em todas as cidades diversos protestos contra o aumento das tarifas já foram convocados. A Fenametro acredita que o aumento não vem para beneficiar os usuários e nem mesmo os trabalhadores, já que serve apenas ao lucro dos empresários e por isso apoia e engrossará as fileiras das manifestações.

Em São Paulo, o  prefeito Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram reajustar as tarifas de ônibus, metrôs e trens a partir de 9 de janeiro de 2016. A tarifa foi reajustada em 8,57%, passando de R$ 3,50 para R$ 3,80. Com o aumento, as tarifas de integração subirão de R$ 5,45 para R$ 5,92.

Já no Rio de Janeiro, bancada pela prefeito Eduardo Paes (PMDB), a tarifa subiu no último dia 2, de R$ 3,40 para R$ 3,80, um acréscimo de 11,7%. Ainda no Rio, em fevereiro, mais tarifas serão reajustadas. Entrarão em vigor as novas tarifas de trens e barcas, que passarão de R$ 5 para R$ 5,60 e de R$ 3,30 para R$ 3,70, respectivamente.

Na capital mineira, Belo Horizonte, administrada pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB), a tarifa passou de R$ 3,40 para R$ 3,70 no último domingo, 3, sofrendo aumento de 8,82%. Foi o terceiro reajuste em um ano e já foi questionado pelo Ministério Público Estadual.

Veja também  Relato de Pablo Ortellado sobre a manifestação contra o aumento das tarifas

Ser contra o aumento: “transporte é um direito, e não mercadoria”

A Fenametro acredita que tudo aquilo que envolve transportes não pode ser tratado pela lógica da mercadoria. Enquanto o transporte servir ao lucro privado serão os trabalhadores que sofrerão com a precarização do trabalho, e os usuários, com altas tarifas e sucateamento do sistema.

Tornando ainda mais legítima nossa reivindicação, o Senado Federal aprovou no dia 9 de setembro, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 74/2013, de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que torna o transporte público um direito social.

A PEC já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados em 2013, ano marcado pelos protestos massivos contra o aumento das tarifas de ônibus e metrôs, e seguiu para debate no Senado.

A partir da sua aprovação, o transporte passou a ser um direito social garantido pela Constituição, assim como educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.