A Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado anunciaram nesta terça-feira, 18, o aumento da tarifa do transporte público, e a tarifa de ônibus, metrôs e trens passará para R$ 4,25. A medida passa a valer no dia 6 de janeiro.

A Trensurb, no Rio Grande do Sul, anunciou nesta quarta-feira, 19, que pretende aumentar em 30% o valor da tarifa do metrô, que já sofreu um aumento de 94% neste ano.

A Fenametro acredita que o aumento não vem para beneficiar os usuários e nem mesmo os trabalhadores e serve apenas ao lucro dos empresários. O aumento da tarifa elitiza o transporte, dificulta o seu acesso e prejudica a população. O lucro obtido não é revertido em melhorias no sistema, e por isso, a Federação, que está em luta contra a privatização dos metrôs no Brasil, acredita que quanto maior a tarifa, mais atrativa se torna a concessão do metrô para a privatização, como tentam realizar com a Trensurb e o Metrô de São Paulo.

Acreditamos que o transporte público deve ser tratado como um direito, e não pode se estruturar na lógica da mercadoria.

Enquanto servir ao lucro privado serão os trabalhadores que sofrerão, com a precarização do trabalho, e os usuários, com altas tarifas e sucateamento do sistema.

A população irá resistir ao aumento da tarifa, e já existem manifestações convocadas em São Paulo.