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Ocupar e resistir! Solidariedade as famílias do edifício no Largo do Paissandu

02.05.18 Notícias, São Paulo Tags:,

A Fenametro vem manifestar seu total apoio as famílias e moradores do edifício que desabou na madrugada desta segunda-feira, 1, no Largo do Paissandu, no centro da cidade de São Paulo.

O edifício que pegou fogo e desabou é um dos diversos ocupados na cidade por milhares de pessoas que não tem outra alternativa a não ser viver em condições tão precarias. Enquanto morar for um privilégio, ocupar será um direito.

Repudiamos as tentativas de criminalização dos moradores e dos movimentos de ocupação, sejam na cidade ou no campo.

De acordo com a Secretaria Municipal da Habitação de São Paulo, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem em moradias de situação precária na cidade. Enquanto isso, a cidade tem mais de 2 milhões de metros quadrados, segundo dados do Departamento de Controle da Funação Social da Propriedade da Prefeitura de São Paulo, de imóveis “não utilizados”, “subutilizados” ou “não edificados”, que poderiam servir de moradia para todo este contingente.

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Neste momento, as famílias se encontram sem apoio das esferas públicas responsáveis, e sem perspectiva de um local para viver.

Condenamos ainda, as declarações do atual governador de São Paulo, Márcio França (PSB) e do atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que não conhecem a realidade de São Paulo, e tentam culpabilizar os moradores da ocupação pelo desabamento e criminalizá-los.

Ainda em relação as declarações e o oportunismo dos representantes das esferas governamentais, é importante destacar que o presidente Michel Temer (PMDB) foi visitar o local do desabamento e foi expulso pela população. Não há como ser solidário quando se é um dos responsáveis por diversas políticas que levam a população a situação de vulnerabilidade, como por exemplo com a Reforma Trabalhista.