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28 de abril: DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO

11.04.14 Rio de Janeiro

A data em memória às vitimas de acidentes de trabalho, 28 de abril, surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, espalhando-se por diversos países, por meio de sindicatos, federações, confederações locais e internacionais. O dia relembra o acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra este dia à reflexão sobre a segurança e saúde no trabalho. No Brasil, a promulgação da data foi instituída em maio de 2005, pela Lei nº 11.121.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no mundo são 270 milhões de vítimas de acidentes e trabalho. Cento e sessenta milhões sofrem com doenças profissionais. Por dia, morrem 5 mil em acidentes de trabalho, são três vidas a cada minuto. No Brasil são quase 4 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho. Infelizmente, várias categorias fazem parte destas estatísticas, dentre elas, os metroviários e ferroviários. Recentemente a categoria enterrou mais uma companheira, Elisangela Gomes (foto), no Rio de Janeiro, atropelada por um vagão. Fatos como estes muitas vezes ocorrem sem que haja apuração e punição. Para dar um basta a banalização da vida, precisamos canalizar nossa indignação e exigir das administrações do Metrô e dos governos dos estados melhores condições de trabalho e respeito a vida. Basta de mortes e acidentes.

SIMERJ EXIGE PUNIÇÃO DOS RESPONSÁVEIS   

 

A empresa METRÔRIO extrapolou na sua falta de respeito para com os seus empregados, e dessa vez com uma grande irresponsabilidade, pois pela sua omissão aconteceu a morte de uma jovem de apenas 37 anos, a condutora de trem ELISÂNGELA GOMES LIMA, que estava há dois (2) anos e sete (7) meses na empresa, e executando a função de condutora há menos de dois meses e que deixa duas filhas pequenas órfãs.

A METRORIO continua tentando, de todas as maneiras, eximir-se de suas responsabilidades dizendo para a imprensa e para os familiares que foi um acidente no qual a empregada teria sido “atropelada ao atravessar os trilhos”.

Todos nós sabemos que não foi algo simples assim, deve haver um procedimento que não pôde ser cumprido, por várias razões: a plataforma para pilotos /condutores não tem a extensão de todo o trem e nem guarda corpo no local do acidente, a iluminação inadequada no local do acidente, não tem rádios de comunicação para todos os pilotos / condutores na empresa, e por último, em função da empresa colocar trens com formação inadequada na operação, chamados de ”trem mutante” pois tem a formação de quatro (4) carros A (carro com cabine de condução), sendo 2 (dois) nas extremidades e (2) dois no meio; e mais (2) dois carros B. Imaginem se houver necessidade de evacuação de passageiro no túnel, eles não poderão passar de um carro para o outro e terão que descer na via, no túnel.

O local do “acidente” não tem iluminação adequada, apesar de diversas solicitações feitas para colocá-la. A esse tipo de composição, pelas normas operacionais, não deveria ser permitido
 fazer serviço, pois ele não permite a passagem internamente de um carro para outro, portanto o piloto / condutor terá que descer na linha para poder fazer a manobra. O acidente ocorreu num local muito próximo a passagem dos trens da Linha 2, que trafegam no local com a velocidade de 65 Km/hora, em média.

Até as pedras sabem que no Centro de Manutenção, por diversas razões não deveria passar trem de serviço e muito menos na velocidade que lhes é permitida e que, isso só acontece por que foi criada a Linha 1A, que é um absurdo apesar de todas as recomendações técnicas de engenharia em contrário que contraria a sua estrutura original e coloca vidas em perigo como essa e, caso não sejam tomadas providências, outras vidas também correrão perigo em futuro próximo.

Durante o velório que foi realizado no Bairro de Ilha de Guaratiba, conversamos com alguns membros da família que, para nossa surpresa disseram que Elisângela e família morava em Ramos e que o enterro estava se dando no Cemitério da Ilha de Guaratiba, bairro que fica a cerca de 60 km do centro do RJ, por que a METRÔ RIO que tratou de tudo, disse que não havia vaga em outros cemitérios mais próximos (podemos citar: Irajá, Inhaúma, Caju e que são enormes, só para citar alguns); vocês acreditam ou será que não era para fugir da imprensa e da possibilidade de mais pessoas comparecerem e verificarem o desleixo da METRORIO para com os seus “colaboradores”?

Existem diversas questões que a METRORIO precisa e, se depender do Sindicato, precisará responder: a remoção do corpo do local de forma irregular, sem a presença dos peritos da polícia civil, prejudicando e praticamente impedindo o trabalho da perícia, pois quando esta chegou ao local o corpo já havia sido retirado, de maneira ilegal, pois o Corpo de Segurança Metroviária que deveria preservar o local a ser periciado, ao invés disso retirou o cadáver da empregada e dessa forma destruiu as provas periciais; é notório que o lugar do lamentável acidente poderia, e teria que ser preservado, bastando para isso passar a fazer a transferência da operação para a estação de Estácio, pois esse procedimento já é realizado nos finais de semana e feriados. Fica a pergunta? Quem fez o boletim de ocorrência? Sabe-se que só a autoridade pública tem competência para fazê-lo.

ATÉ QUANDO A METRÔ RIO/INVEPAR VAI CONTINUAR APOSTANDO QUE O LUCRO É MAIS IMPORTANTE QUE A SAÚDE E A VIDA DAS PESSOAS QUE NÃO SÃO DO SEU QUADRO DE ACIONISTAS OU DA SUA DIREÇÃO?

SR. ALMADA: É ASSIM QUE VOCÊ PRETENDE FAZER COM QUE A METRORIO

SEJA UMA DAS DEZ MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR OU SERÁ QUE NÃO ENTENDEMOS BEM A PALAVRA E SERIA A “EMPRESA PARA SE LUCRAR …” (alguns poucos em detrimento da grande maioria)?

Fonte: Simerj

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