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“Aos amigos tudo! Aos inimigos, a minha interpretação da lei!”

10.11.13 São Paulo

A autoria do provérbio é controversa, mas poucos duvidam de que a direção tucana do Metrô atua desta forma. O plano de demissão “voluntária” a ser divulgado pela empresa não fugiria a esta regra. Na verdade, tudo indica que repetira o “esquema” utilizado em 1.999. Ou seja, terá como objetivo central favorecer, numa operação casada, os integrantes do alto escalão que receberiam um “incentivo” para sair do Metrô e prestar “consultoria” ou assumir cargos de direção nas empresas terceirizadas que atuam em conjunto com a Alstom, Siemens,CAF, Bambardie, Via QuatroAmarela, etc.

 Em 1999, o programa também incluiu a CPTM nesta “operação casada”. Caso mais notório denunciado na época foi do senhor Ademir Venâncio, ex- DA (Diretor Administrativo) que teria saído no “PDV” do Metrô e dias depois recontratado na CPTM como Diretor de Engenharia. Ademir Venâncio foi citado em varias matérias e teve seus bens bloqueados pela justiça por suspeita de corrupção .

Tanto é assim que no tal programa, todas as rescisões de contrato de trabalhadores que aderirem ao PDV serão efetivadas por solicitação de desligamento por iniciativa do empregado, com o pagamento das verbas rescisórias legais e o incentivo financeiro. Ou seja, a própria empresa reconhecerá que é possível o desligamento com o pagamento de todas as verbas rescisórias e demais benefícios quando aceito pelas partes.

Prevendo esta atitude discriminatória da empresa, denunciamos esta farsa que eles chamam de PDV. Somos plenamente favoráveis a que o Metrô viabilize, sob a forma de compensação financeira pelo tempo serviço prestado, incentivo para os que já pretendem sair da empresa. Para isto basta à empresa garantir para todos que desejam sair (sem limitação por idade, área ou função) os seguintes direitos:

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Pagamento correto de todas as verbas rescisórias

– Incentivo financeiro proporcional aos anos trabalhados.

– Emissão correta do PPP para viabilizar a aposentadoria de todos os que adentram em áreas de risco.

– Plano de Saúde vitalício (idêntico ao MSI) para os aposentados.

– Não fechamento de postos de trabalho em razão dos desligamentos da empresa, CONCURSO PÚBLICO e MOVIMENTAÇÃO INTERNA JÁ.

Paulo Pasin- Presidente da Federação Nacional dos Metroviários