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Milhões de brasileiros ficarão sem aposentadoria com a Reforma da Previdência

03.03.17 Geral, Notícias Tags:,

Um proposta de Reforma da Previdência que deixará a aposentadoria inacessível para milhões de brasileiros e uma PEC que destrói os investimentos na saúde, educação, transporte e abre as porta para a privatização. Esta é a realidade com a qual os trabalhadores brasileiros se deparam no início de 2017. Somada a isso há ainda um reforma trabalhista sendo discutida pelo governo de Michel Temer (PMDB).

A Reforma da Previdência, apresentada no final de 2016, impõe uma mínima de 65 anos para aposentadoria tanto para homens como para mulheres e só garante aposentadoria integral para aqueles que contribuírem por 49 anos.

A proposta de Temer é irreal para a realidade dos brasileiros, que em grande parcela estão no trabalho informal e enfrentam períodos de desemprego. Além disso igualar a idade de aposentadoria de homens e mulheres prejudicará as mulheres, que sofrem com a dupla jornada de trabalho.

Segundo a Secretaria de Previdência Social de cada três aposentados dois ganham apenas um salário mínimo. Entre as mudanças previstas na Reforma está a mudança no cálculo das aposentadorias. Hoje elas são calculadas de acordo com o salário mínimo, e corrigidas ano a no conforme sua evolução. Com a Reforma pretendem-se incluir correções menores, o que fará com que milhões de brasileiros recebam menos de um salário mínimo de aposentadoria.

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Estes dados, somado ao efeito da PEC, significam na prática um avanço da desigualdade social, com baixo salário mínimo, destruição da saúde e da educação pública. Além disso, junto a PEC já são encaminhados para o Congresso projetos que pretendem privatizar diversos setores, abrindo caminho para precarização do trabalho e mais corrupção.

No pacote de mudanças do governo Michel Temer (PMDB) está inclusa ainda uma reforma trabalhista. Estão na mira do governo a CLT, o aumento da jornada de trabalho para até 12, e a ampliação da terceirização. Além disso, ao visarem a CLT, poderão ser feitas propostas de redução de salário, alterações no 13º salário, nas férias, no auxílio-creche, na licença paternidade e no FGTS.

A Fenametro estará nas ruas para barrar estas reformas e convida todos trabalhadores a se somarem a esta luta. Nenhum direito a menos!