Publicações de todos os estados
A decisão do governo britânico de reestatizar sua malha ferroviária é mais do que simbólica — é um marco no desmonte do mito neoliberal de que a iniciativa privada é sinônimo de eficiência no transporte público.
Em maio, a South Western Railway, que opera no sudoeste da Inglaterra, voltou ao controle do Estado, tornando-se a primeira linha férrea reestatizada sob o plano do novo governo trabalhista, que prevê até 2027 o retorno de todas as linhas ao setor público, sob gestão da nova empresa estatal Great British Railways.
O Reino Unido, berço do modelo neoliberal com Margaret Thatcher, privatizou suas ferrovias em 1994 sob o governo conservador de John Major. O resultado?
🔻 Aumento das tarifas
🔻 Piora na qualidade do serviço
🔻 Falta de pontualidade e acidentes fatais
🔻 Subsídios públicos bancando lucros privados
🔻 Falta de trabalhadores para garantir o serviço
Tudo isso alimentou uma percepção generalizada de que a privatização fracassou. Os britânicos aprenderam — à duras penas — que transporte público não é mercadoria, é um direito social e responsabilidade do Estado.
Enquanto o Reino Unido corrige seus erros, no Brasil governos estaduais insistem em aplicar a mesma receita fracassada: entregar metrôs e trens urbanos à iniciativa privada, com o aval do Congresso Nacional e sob silêncio (ou omissão) de setores do próprio governo federal.
⚠️ O que isso tem significado por aqui?
🚨 Tarifas mais caras
🚨 Demissões e terceirizações
🚨 Cortes de linhas e serviços
🚨 Ameaças aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores
🚨 E o povo, cada vez mais excluído da mobilidade
A Fenametro segue denunciando os impactos perversos da privatização, que não melhora o transporte nem respeita os trabalhadores que o constroem todos os dias. O caso inglês mostra que há caminho de volta — e que esse caminho é o da reestatização, da valorização do transporte público e do controle social.
O projeto político que venceu as eleições prometeu defesa do patrimônio público, fortalecimento do Estado e justiça social. Não é coerente permitir que a CBTU, a Trensurb e os metrôs estaduais sejam desmontados e entregues ao capital privado. O exemplo da Inglaterra deve acender o alerta no Brasil: quem paga a conta da privatização é sempre o povo trabalhador.
📢 Por transporte público, acessível, de qualidade e com direitos garantidos:
Reestatizar é o futuro. Privatizar é retrocesso.
A Fenametro segue na luta!
A direção da Fenametro convoca todas as trabalhadoras e trabalhadores metroferroviários, sindicatos, movimentos e a população a ocupar as ruas no Ato Contra as Privatizações, no dia 27 de junho, às 15h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
O governo Tarcísio de Freitas quer entregar tudo: já vendeu a Sabesp, e agora mira no transporte sobre trilhos, na CPTM, no Metrô, nas escolas, hospitais, parques. Um projeto de desmonte do serviço público, que destrói direitos, ataca os trabalhadores e trabalhadoras e penaliza quem mais precisa: a população.
A Federação reafirma em alto e bom som: transporte não é mercadoria! Dia 27 é dia de levantar a voz por um sistema público, acessível, seguro e com direitos para quem trabalha nele. A privatização do transporte é exclusão social, é tarifa mais cara, é precarização e desemprego.
📢 No dia 27, venha com seu colete, seu cartaz, sua bandeira e sua voz!
Privatizar é excluir. Defender o transporte público é defender o povo!
A privatização da Linha 7-Rubi avança e, como sempre, quem paga o preço são os trabalhadores e a população. O Tribunal Regional Trabalho (TRT) deu 48 horas para a CPTM e a gestão Tarcísio de Freitas explicar o que pretende fazer com seus próprios funcionários, que hoje atuam na linha — e que, até agora, seguem no escuro sobre seu futuro.
A resposta da empresa? Um PDI genérico, nenhuma garantia, nenhum estudo. Isso é o que a privatização entrega: precarização, incerteza e descaso institucionalizado.
Não há projeto de mobilidade pública possível no qual os profissionais são tratados como descartáveis. A entrega da Linha 7 à TIC Trens é mais um capítulo do desmonte do transporte sobre trilhos imposto por Tarcísio de Freitas. O lucro privado passa por cima do direito ao trabalho e do direito à cidade. A terceirização e a concessão não melhoram o serviço — elas reduzem salários, demitem em massa, e colocam a população em risco com um serviço instável e precarizado.
A Fenametro reafirma seu total apoio ao Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e ao Sindicato dos Metroviários. Seguimos firmes e vigilantes na defesa de um transporte sobre trilhos público, estatal, acessível e com trabalhadores valorizados. Defender o metrô e os trens públicos é defender o futuro das cidades e o direito do povo de se locomover com dignidade.
Vale lembrar que as linhas privatizadas em São Paulo acumulam problemas recorrentes: atrasos constantes, superlotação e falhas técnicas. A tarifa aumenta, e só piora a segurança para os trabalhadores e o acesso ao serviço pela população. A lógica do lucro vem antes do bem-estar da população. Funcionários terceirizados, mal treinados e mal pagos, comprometem a segurança nas estações. É o povo que paga caro por um transporte cada vez mais excludente e instável.
A cada dia fica mais evidente o que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo já denunciava: a terceirização das linhas de bloqueio não era “só atendimento ao usuário”. A WORKS, empresa contratada pelo Metrô, agora escala trabalhadores e trabalhadoras para o período noturno, quando não há circulação de passageiros. Isso comprova que a terceirização veio para substituir os OTM 1 e destruir os postos de trabalho conquistados com luta.
Essa é a cara da privatização por dentro: tiram concurso, terceirizam funções essenciais e colocam a vida da população em risco com serviços precarizados. O Metrô mente quando diz que não há substituição. Pior: enquanto acidentes se multiplicam nas estações, a direção segue desmontando o serviço público e ignorando a urgente necessidade de contratar por concurso público.
A Fenametro reafirma seu total apoio ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo e segue firme na luta pela manutenção e fortalecimento do transporte público sobre trilhos. O que está em jogo é o direito à mobilidade, à segurança e ao trabalho digno. A saída não é terceirizar: é valorizar o metrô público, com quadro próprio e serviço de qualidade para todas e todos!
Na última sexta-feira (23), o governo federal publicou o edital de privatização do metrô de Belo Horizonte. O leilão de privatização da CBTU-BH será no dia 22 de dezembro deste ano, há poucos dias de terminar o governo Bolsonaro.
De acordo com o edital, o lance mínimo para o leilão deverá ser de R$ 19.324.304,67. É um preço irrisório, ainda mais considerando que o Estado continuará subsidiando o metrô para manter seu funcionamento. É vender a preço de banana!
Sabemos o que isso significa: lucro para os empresários, descaso com a população e com os metroviários. E mais! Tarifas altíssimas.
Segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais, a categoria está em greve parcial, em que foi determinado pela Justiça a operação de 60% das viagens.]
Nesta semana a categoria fará diversas ações em Belo Horizonte, fechando com um ato na quinta-feira, 29, às 16h30, na Estação Central, e uma assembleia pós-ato. No ato será feito um ”bananaço” lembrando o valor irrisório que Zema e Bolsonaro estão entregando o metrô.
A Fenametro apoia a luta dos metroviários de MG e diz não à privatização!
Nesta quarta-feira, dia 17, biomédicas da Universidade Feevale acompanhadas de diretores do Sindimetrô/RS percorreram todas as 22 estações da Trensurb para testar os colegas para o covid-19. A coleta de materiais para o exame dos metroviários que atuavam na linha de frente ocorreu nos turnos manhã e tarde.Duas equipes da universidade fizeram a coleta das amostras para o teste PCR-RT, o mais eficaz para o diagnóstico da covid. Divididas em dois trechos (Norte e Sul) as equipes testaram 126 metroviários que estavam na escala de trabalho neste dia. O efetivo noturno das estações virá ao sindicato nesta quinta-feira (18) para realizar a coletagem.
O presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, disse que a medida tem o objetivo de saber os níveis de contaminação dos metroviários da linha de frente: “Nosso receio é que a situação saia de controle, com mais colegas contaminados e doentes”, disse Chagas.
A falta de um gerenciamento nacional da crise sanitária por parte do governo Bolsonaro também se reflete na desorganização local destas ações. A Trensurb segue perdida nos critérios dos afastamentos dos suspeitos de infecção, no ritmo das testagens e também nas orientações básicas para o dia-a-dia dos trabalhadores nos setores e nas estações.
Atualmente a empresa possui cerca de 70 trabalhadores afastados por causa da doença. Cinco estão internados, sendo que destes, três estão em estado grave. No último domingo morreu o primeiro metroviário gaúcho, vítima de covid-19.
Chagas também ressaltou a importância de uma revisão nas prioridades de vacinação por parte das três esferas de governos: “A contaminação de apenas um trabalhador já coloca em risco milhares de usuários todos os dias e pode afetar a prestação dos serviços. Por isso, os metroviários pedem que a empresa atue politicamente e exija urgência na vacinação da categoria.”, enfatizou o presidente da entidade.
Em 09 de junho de 2014, data em que 42 metroviários de São Paulo estavam sendo demitidos numa demonstração de perseguição política e tentativa do Governo do Estado de SP impedir a luta da categoria, que em uma greve de 5 dias fez repercutir no mundo a busca pelos direitos.
Mês de junho é um mês marcante para a categoria, pois além da luta intensa que garantiu direitos, foi o mês das demissões, também um mês que ensinou muito da luta de classes, foi um período de grande demonstração de solidariedade de todos os metroviários do país, mas também de outros trabalhadores no mundo inteiro.
Mas junho não marca apenas as demissões, mas após 4 anos, após muita luta, chegou a vitória da reintegração, em que a data efetiva do retorno às áreas de atuação se deu em junho.
Os metroviários estiveram em muitos junhos de luta, …2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, se procurar no histórico de mobilizações no país, os metroviários estiveram lá.
Estamos em junho de 2020 num momento inédito em que mais uma vez precisamos de muita unidade e força para enfrentarmos os ataques dos governos e marcaremos mais uma vez o mês de junho na defesa dos direitos, pela democracia, contra o racismo, em defesa da vida acima do lucro.
A Fenametro esteve presente, participando e apoiando a batalha contra os governos. A Federação lembra a data, que não pode se perder no tempo, pelo contrário, deve estar sempre na memória de todos como parte da construção de uma luta maior. Sempre deve ser mostrado que a luta faz diferença na vida dos trabalhadores e a história dá o ânimo necessário para que todos sigam nessa entoada.
Os metroviários são parte de várias histórias e, algumas contadas em filmes que contam com cenas reais da categoria. Um deles, Futuro Junho. Documentário de Maria Augusta Ramos, o qual mostra um pouco dessa história com cenas reais da greve dos metroviários de SP em 2014.
Que venham muitos junhos de luta e os metroviários estejam firmes, unidos, sempre presentes para que a classe trabalhadora alcance sua vitória.