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A Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) e o Sindicato dos Metroviários de Mina Gerais (Sindimetro-MG) manifesta profunda solidariedade à família de Raimundo Ferreira do Nascimento Junior, de 46 anos, trabalhador terceirizado que morreu na madrugada de sábado (29) enquanto realizava manutenção em uma subestação de energia da Estação Santa Inês, no Metrô de Belo Horizonte.
O acidente ocorreu durante uma intervenção realizada por uma equipe terceirizada da empresa Snef Brasil. Segundo relato de uma testemunha, sete trabalhadores participavam da atividade. O sistema elétrico havia sido desligado por volta de meia-noite para execução do serviço. No entanto, por razões ainda não esclarecidas, a energia foi religada às 3h30 da madrugada sem qualquer aviso à equipe, momento em que Raimundo manuseava cabos no barramento e acabou atingido por uma forte descarga elétrica. O Samu foi acionado, mas o trabalhador não resistiu.
A Fenametro alerta que esse tipo de ocorrência não é um caso isolado, mas um sintoma direto do modelo de privatização e terceirização que vem sendo imposto ao transporte sobre trilhos no país. A entidade destaca que a #TerceirizaçãoMata, porque empresas contratadas operam sob a lógica do corte de custos e do cumprimento de metas, frequentemente em detrimento da segurança das equipes e da manutenção adequada da infraestrutura.
Em nota, o Metrô BH informou que abriu apuração interna para esclarecer o ocorrido e que está colaborando com as autoridades. A Polícia Civil realizou perícia no local, recolheu materiais e aguarda laudos para determinar as circunstâncias da morte. Contudo, para a Fenametro e para o Sindimetro-MG, esses fatos reforçam a urgência de revisar o modelo de gestão que precariza o trabalho e coloca vidas em risco.
A Fenametro ressalta que esse acidente ocorre justamente em um momento crítico, no qual a categoria em Minas Gerais segue mobilizada denunciando a privatização e seus efeitos nefastos ára o metrô e a população de Minas Gerais, denunciando que a entrega do sistema ao capital privado amplia riscos, reduz fiscalização e intensifica a terceirização — o que fragiliza ainda mais a segurança operacional.
Por isso, a Federação reafirma sua luta conjunta com o Sindimetro-MG, que há anos denuncia a falta de investimentos, o sucateamento sistemático e as consequências diretas desse processo na vida dos trabalhadores e dos usuários.
“Cada tragédia como essa evidencia que o sistema privatizado não protege quem opera, quem mantém e quem usa o transporte. Não aceitaremos que vidas sejam tratadas como custo, e seguiremos exigindo transporte público 100% estatal, seguro e com valorização profissional”, destaca a Fenametro.
As entidades exigem investigação rigorosa, responsabilização dos envolvidos e a imediata revisão das práticas de terceirização no setor. À família de Raimundo Ferreira do Nascimento Junior, reafirma solidariedade e compromisso com a luta por justiça e por um transporte sobre trilhos que respeite a vida.
Estatuto da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Transportes
Metroviários, de Veículos Leves sobre Trilhos, de Operadoras de Transporte
Coletivo de Passageiros sobre Trilhos e Monotrilho – Fenametro.
Ata do Congresso Nacional dos Metroferroviários da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários, de Veículos Leves Sobre Trilhos, de Operadoras de Transporte Coletivo de Passageiros Sobre Trilhos e Monotrilho – Fenametro, realizada nos dias 07, 08 e 09 de fevereiro de 2025.
Ata do 8º Congresso da Fenametro, que dos dias 11 a 13 de fevereiro de 2022, no Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Nesta quarta-feira, dia 17, biomédicas da Universidade Feevale acompanhadas de diretores do Sindimetrô/RS percorreram todas as 22 estações da Trensurb para testar os colegas para o covid-19. A coleta de materiais para o exame dos metroviários que atuavam na linha de frente ocorreu nos turnos manhã e tarde.Duas equipes da universidade fizeram a coleta das amostras para o teste PCR-RT, o mais eficaz para o diagnóstico da covid. Divididas em dois trechos (Norte e Sul) as equipes testaram 126 metroviários que estavam na escala de trabalho neste dia. O efetivo noturno das estações virá ao sindicato nesta quinta-feira (18) para realizar a coletagem.
O presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, disse que a medida tem o objetivo de saber os níveis de contaminação dos metroviários da linha de frente: “Nosso receio é que a situação saia de controle, com mais colegas contaminados e doentes”, disse Chagas.
A falta de um gerenciamento nacional da crise sanitária por parte do governo Bolsonaro também se reflete na desorganização local destas ações. A Trensurb segue perdida nos critérios dos afastamentos dos suspeitos de infecção, no ritmo das testagens e também nas orientações básicas para o dia-a-dia dos trabalhadores nos setores e nas estações.
Atualmente a empresa possui cerca de 70 trabalhadores afastados por causa da doença. Cinco estão internados, sendo que destes, três estão em estado grave. No último domingo morreu o primeiro metroviário gaúcho, vítima de covid-19.
Chagas também ressaltou a importância de uma revisão nas prioridades de vacinação por parte das três esferas de governos: “A contaminação de apenas um trabalhador já coloca em risco milhares de usuários todos os dias e pode afetar a prestação dos serviços. Por isso, os metroviários pedem que a empresa atue politicamente e exija urgência na vacinação da categoria.”, enfatizou o presidente da entidade.
Em 09 de junho de 2014, data em que 42 metroviários de São Paulo estavam sendo demitidos numa demonstração de perseguição política e tentativa do Governo do Estado de SP impedir a luta da categoria, que em uma greve de 5 dias fez repercutir no mundo a busca pelos direitos.
Mês de junho é um mês marcante para a categoria, pois além da luta intensa que garantiu direitos, foi o mês das demissões, também um mês que ensinou muito da luta de classes, foi um período de grande demonstração de solidariedade de todos os metroviários do país, mas também de outros trabalhadores no mundo inteiro.
Mas junho não marca apenas as demissões, mas após 4 anos, após muita luta, chegou a vitória da reintegração, em que a data efetiva do retorno às áreas de atuação se deu em junho.
Os metroviários estiveram em muitos junhos de luta, …2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, se procurar no histórico de mobilizações no país, os metroviários estiveram lá.
Estamos em junho de 2020 num momento inédito em que mais uma vez precisamos de muita unidade e força para enfrentarmos os ataques dos governos e marcaremos mais uma vez o mês de junho na defesa dos direitos, pela democracia, contra o racismo, em defesa da vida acima do lucro.
A Fenametro esteve presente, participando e apoiando a batalha contra os governos. A Federação lembra a data, que não pode se perder no tempo, pelo contrário, deve estar sempre na memória de todos como parte da construção de uma luta maior. Sempre deve ser mostrado que a luta faz diferença na vida dos trabalhadores e a história dá o ânimo necessário para que todos sigam nessa entoada.
Os metroviários são parte de várias histórias e, algumas contadas em filmes que contam com cenas reais da categoria. Um deles, Futuro Junho. Documentário de Maria Augusta Ramos, o qual mostra um pouco dessa história com cenas reais da greve dos metroviários de SP em 2014.
Que venham muitos junhos de luta e os metroviários estejam firmes, unidos, sempre presentes para que a classe trabalhadora alcance sua vitória.