Teresina aponta o caminho: metrô com tarifa zero e 100% público!
02.07.25 Destaques, Notícias, Piauí
Enquanto grandes capitais reajustam tarifas e aprofundam a exclusão no transporte, Teresina (PI) rompe com a lógica do lucro e mostra que é possível fazer história com o primeiro metrô do Brasil com tarifa zero integral e com 100% de investimento público. Mais que um feito técnico ou administrativo, a iniciativa representa uma verdadeira inversão de prioridades.
O transporte público deixa de ser mercadoria e é posto como direito coletivo e instrumento de justiça social. O metrô opera desde 1982 e hoje é o orgulho de quem vive e se desloca entre a zona Sudeste e o Centro da cidade. Agora, com gratuidade total, novos trens, reformas e expansão, ele se consolida como um símbolo de modernidade popular e de inclusão.
Essa experiência concreta dialoga diretamente com o que a Fenametro defende em sua luta nacional: um transporte sobre trilhos público, universal, acessível e com qualidade. Em um país onde a privatização se apresenta como “solução mágica” para tudo, mesmo com os fracassos acumulados do modelo capitalista de concessões, Teresina ousa dizer não — e mostra que existe outro caminho.
A lógica da privatização é clara: aumento de tarifas, cortes de linhas, precarização do trabalho e desmonte da estrutura pública. É isso que a Federação combate ao se posicionar firmemente contra a entrega da CBTU, da TRENSURB e de outros sistemas metroferroviários à iniciativa privada.
O exemplo de Teresina prova que, com vontade política, investimento público e gestão comprometida com a população, é possível reverter essa lógica perversa. Esse debate não é isolado: cidades do mundo inteiro estão reestatizando seus sistemas de transporte depois de décadas de experiências desastrosas com a privatização. A mobilidade urbana não pode ser tratada como negócio — ela é infraestrutura essencial para garantir o direito à cidade, ao trabalho, à saúde, à educação e à dignidade.
🚩 Por isso, a Fenametro reafirma seu compromisso com cada trabalhador e trabalhadora do setor, e com toda a população usuária: vamos seguir firmes, nos trilhos da luta, por um transporte 100% público, gratuito e que sirva ao povo — não ao lucro.