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Privatização gera demissões a cada semana no Metrô de São Paulo

20.02.18 Notícias, São Paulo Tags:,

O governador Alckmin diz que a privatização não acarretará em demissões, que o Metrô está contratando, e que a população será beneficiada com a expansão.

O governador está mentindo para a população. Primeiro que a privatização já está gerando demissões praticamente a cada semana no Metrô de São Paulo. Desde o ano passado, com a implementação do programa “Conte Comigo” idealizado por Cristina Bastos, a empresa já demitiu mais de 50 trabalhadores de diversas áreas, isso sem contar o PDV que está em curso com uma meta de 1200 demissões. As atuais contratações que vêm sendo feitas pela empresa na prática servem para ir gradativamente substituindo a mão-de-obra atual por uma mais precarizada, ou diretamente terceirizada. Como é visto hoje com a terceirização das bilheterias ou com os funcionários que estão entrando agora sem treinamento de bilheteria, perdendo direitos. A outra mentira de Alckmin é que o Metrô está se expandindo. Muitas Copas do Mundo passaram e as obras continuam paradas. Não existe uma real expansão, o que existe é entrega do patrimônio público para iniciativa privada, as custas do suor dos trabalhadores. Como se vê nos diversos escândalos que o governo está envolvido com as empreiteiras, inclusive o mais recente envolvendo a licitação dos contratos da Linha 5, recém privatizada.

A empresa tem usado a justificativa de baixa produtividade para disfarçar as demissões em massa e aprofundar o processo de privatização. Através de uma avaliação de desempenho, totalmente subjetiva e sem nenhum critério, realizada anualmente pela supervisão. O que vem acontecendo é que existe uma ação proposital da chefia de departamento em abaixar as notas. Com a nota baixa, o funcionário se torna “baixo produtivo” e é demitido. Há também os que são diretamente perseguidos, como no caso de ativistas que assumiriam a CIPA como o André Bof, e do diretor do Sindicato Maruzan. O exemplo mais gritante é no trecho de São Bento e Luz, onde já ocorreram diversas demissões, todas fruto da baixa avaliação feita pela chefia. Vale lembrar que essas avaliações já foram questionadas pela própria SRTE, já que o Metrô está inserindo as faltas justificadas por licença médica como critério para baixar a nota. Se existe baixa produtividade no Metrô, ela é da gerência atual, envolvida em diversos escândalos de corrupção e indicados do governador. Esses são os verdadeiros cabides de emprego que estão entregando o Metrô para as empresas privadas.

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A mobilização, a luta, e a conscientização nas áreas de adotar uma estratégia de “Demitiu, parou” é a resistência e o caminho a ser seguido contra esse processo de demissões decorrentes da privatização.

Como fizeram os trabalhadores do pátio da manutenção do Jabaquara, que realizaram paralisação e pressionando a gerência conseguiram reverter a demissão de Aílton. Ou como os operadores que estão mobilizados, realizando setoriais e tirando fotos de apoio pela readmissão do operador de trem Marlon e todos os demais demitidos. Por isso foi convocada uma manifestação no dia 22/02, às 15h em frente ao CCO pela readmissão de Marlon e dos demitidos. A Fenametro apoia a iniciativa dos trabalhadores e também chama todos os metroviários à aderirem as manifestações.