Notícias

Alckmin anuncia a privatização da Linha 5-Lilás do metrô São Paulo

14.08.15 São Paulo Tags:,

Ameaça pode atingir outras linhas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), declarou na terça-feira, 21 de julho, que irá conceder a iniciativa privada a operação da Linha 5-Lilás. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, a privatização do metrô de São Paulo começou com a Linha 4- Amarela, mas tende agora a se expandir.

“Essa privatização é uma inovação pois começa a privatizar um setor que já existia, que é nesse caso a Linha 5. Caso esse processo continue, fica muito claro que a intenção do governador é também privatizar as outras linhas do metrô”, afirma Altino.

Questionado sobre o contexto político em que essa privatização ocorre, o presidente relaciona  ao momento de crise econômica no país e aos favores do governador aos empresário. “Alckmin auxilia os empresário nessa crise, os mesmos empresários e empreiteiras envolvidos nos consórcios, como da Linha 4, e os mesmos que estão envolvidos  no escândalo nas denúncias da Petrobras”, enfatiza.

Veja também  Metroviários de São Paulo convidam para discussão sobre a privatização do metrô

O metrô de São Paulo conta hoje com cerca de 10 mil funcionários  e Altino acredita que estes empregos serão ameaçados com a privatização. “Demissões, recontratação como trabalhadores terceirizados, redução violenta dos salários são conseqüências da privatização”, acredita.

Já para a população, segundo Altino,  haverá um sucateamento do metrô e uma piora no serviço prestado, já que as empresas privadas visam apenas o lucro. “A  prioridade da empresa privada é o lucro e menor gasto possível. Então se puderem economizar no número de funcionários, no salário dos funcionários, e na qualidade do serviço – inclusive nas questões de segurança – a empresa vai economizar”, afirma.

Os metroviários prometem mobilizações e irão articular em conjunto com a população uma campanha contra a privatização do metrô. Na última assembléia da categoria aprovaram uma aliança com centrais sindicais, movimentos sociais, associações de moradores, parlamentares e todos aqueles que são contra a privatização do Metrô.