Raquel Lyra ignora o caos no transporte rodoviário e ataca o metrô do Recife
02.09.25 Destaques, Notícias, Pernambuco
A governadora Raquel Lyra demonstra, a cada dia, sua incapacidade de enfrentar o verdadeiro caos do transporte público na Região Metropolitana do Recife
O sistema de ônibus continua abandonado: linhas cortadas, estações deterioradas, tarifas caras, greves sucessivas e ausência de diálogo com trabalhadores e usuários. O próprio Tribunal de Contas já apontou irregularidades na gestão do transporte metropolitano. O resultado é a precarização completa da mobilidade urbana, penalizando diariamente a população que depende de ônibus velhos, inseguros e superlotados.
E, diante desse cenário de descaso, qual é a “solução” apresentada pela governadora para o Metrô do Recife? Privatizar o sistema!
Raquel Lyra não consegue resolver o problema do transporte rodoviário, mas quer repetir no metrô a mesma receita neoliberal que fracassou em outros estados:
- Aumento de tarifas, tornando o transporte ainda mais caro;
- Serviço precarizado, operado pela lógica do lucro, e não da necessidade do povo;
- Demissões e terceirizações, como já ocorreu em Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
É preciso dizer com clareza: não se recupera um sistema metroferroviário da noite para o dia. Uma rede aérea com anos de abandono não se recompõe em meses; a aquisição de novos trens, metrôs e suas composições exigem planejamento, licitação internacional, fabricação e entrega, um processo que leva anos. A precarização atual é fruto de décadas de falta de investimento público, e não pode ser usada como desculpa para entregar o metrô à iniciativa privada.
Outro ponto que exige máxima atenção é o anúncio de R$ 3 bilhões em recursos federais destinados ao sistema. O povo quer saber:
- Como esses recursos serão aplicados?
- Haverá transparência sobre sua utilização?
- O dinheiro ficará nos cofres do Estado ou será repassado diretamente à iniciativa privada?
Será usado para recuperar de fato o sistema sucateado — com manutenção pesada, modernização da rede aérea, compra de novos trens e melhoria da infraestrutura — ou servirá apenas para financiar a concessão e garantir o lucro das empresas?
Fica evidente: Raquel Lyra não quer melhorar o metrô, ela quer entregá-lo ao setor privado, penalizando ainda mais os trabalhadores e usuários. Seu objetivo é aumentar as passagens e reduzir a qualidade do serviço, transformando um direito essencial em mercadoria.
O Sindmetro-PE reafirma:
- Não aceitaremos aumento de tarifa e muito menos privatização!
- O metrô do Recife deve ser público, estatal, federal, tarifa zero e com investimentos reais.
- Exigimos transporte digno, acessível e que sirva ao povo, não às empresas.
Raquel Lyra falhou no transporte rodoviário e quer repetir a falha no metrô. Não deixaremos!