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Ao completar 50 anos, Metrô de SP tem pane e presidentes réus por escândalo dos trens

24.04.18 Notícias, São Paulo Tags:,

A Companhia do Metropolitano de São Paulo completou nesta terça-feira, 24, 50 anos. Neste período a categoria metroviária seguiu firme na luta por um metrô público, estatal e de qualidade, e pela garantia dos direitos dos trabalhadores. O Metrô, no entanto, segue tentando ampliar as terceirizações, privatizações e o sucateamento do sistema.

No início desta manhã o Metrô enfrentou mais uma pane, como vem sendo recorrente nos últimos anos. Todas as estações da Linha 1-Azul foram fechadas por uma falha elétrica, que ainda está sendo apurada. Problemas nos trens e estações tem acontecido com mais frequencia, e são fruto de uma política de sucateamento do sistema público e redução do quadro de funcionários.

Além de uma linha inteira, as quatro estações do monotrilho da Linha 15-Prata inauguradas às pressas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) foram fechadas para conserto de equipamento de via com falha.

Além das panes, presidentes réus por improbidade administrativa

Na quinta-feira, 18, a justiça de São Paulo tornou o atual presidente do Metrô, Paulo Menezes de Figueiredo e cinco ex-presidentes, entre eles o atual Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, réus por improbidade administrativa pela compra de 26 trens para Linha 5-Lilás antes que as obras fossem concluídas.

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Ao custo de R$ 630 milhões, os trens ficaram parados em pátios do Metrô e na própria fábrica da CAF, em Hortolândia e perderam a garantia. Os trens foram comprados antes da conclusão das obras das estações, inclusive quando estavam paradas para investigação de irregularidades no processo de licitação, que foram, inclusive, entregues com anos de atraso.

A denúncia envolve as gestões dos governadores José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. Na época, a Fenametro, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e parlamentares como Raul Marcelo (PSOL) e Carlos Giannazi (PSOL) denunciaram o escândalo a população e aos órgãos competentes.

O caso não é o primeiro envolvendo o Metrô e benefício à empresas, como o Cartel do Trensalão e os acordos de leniência com a Odebrecht, em que os cofres públicos foram lesados e nenhum empresário responsabilizado.