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É preciso uma nova greve geral contra a Reforma da Previdência

22.11.17 Geral, Notícias Tags:

No primeiro semestre deste ano, a resistência dos movimentos sociais brasileiros impuseram uma derrota parcial ao governo, que foi obrigado a adiar a votação da Reforma da Previdência.

A força da greve geral do dia 28 de abril foi resultado de uma conclusão da maioria do povo brasileiro: a reforma da previdência vai prejudicar a vida de todo o povo trabalhador.

O governo Temer perdeu este debate. Tanto que os deputados do Congresso, que estão sempre dispostos a seguir a risca os planos de Poder Executivo, não se dispuseram a votar favorável a este projeto, com receio de perder suas bases eleitorais.

Para reverter essa situação, o governo Temer lança uma nova rodada publicitária, para tentar convencer o povo brasileiro sobre a reforma da previdência. O centro desses anúncios publicitários será a necessidade de combater os privilégios e o fato de que muita gente trabalha por pouco tempo e se aposenta com altos valores.

Este fato apontado pela campanha publicitária não é mentira. O problema é que os privilegiados são exatamente políticos e juízes que gozam de altíssimas aposentadorias. Dentre eles, o próprio Michel Temer, que se aposentou com 52 anos e recebe uma aposentaria de 30 mil reais.

O governo justifica a Reforma da Previdência como uma forma de organizar e equilibrar as contas públicas, e reverter o suposto déficit da previdência. No entanto, se as super aposentadorias dos políticos e juízes fossem equiparadas ao salário médio do trabalhador brasileiro, muita economia já estaria sendo feita. Além disso, segundo o site da Folha de São Paulo, o governo vai gastar mais 20 milhões de reais com esta campanha publicitária.

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A narrativa do rombo da previdência não condiz com a realidade. Existe um superávit da previdência, o que ocorre é que desde 2011, este superávit vem caindo drasticamente e isso ocorre porque as empresas tem conquistado isenção. Se essa isenção não ocorresse, não haveria queda na arrecadação.

Portanto, há muitas formas de economizar sem mexer no dinheiro sofrido e merecido da maioria do povo brasileiro, que trabalha a vida inteira e agora está sujeito a perder o mínimo de dignidade no final da vida.

O presidente Michel Temer está organizando jantares com deputados, governadores, para convence-los a votar a favor da reforma da previdência. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já indicou a votação para o dia 6 de dezembro.

Os movimentos de resistência precisam ficar em alerta. Se esta Reforma volta à pauta do Congresso, deve voltar também à pauta de nossas ações. Fizemos uma greve geral no início deste ano. É necessário retomar essa dinâmica e impedir a votação da Reforma da Previdência.