Publicações do estado de São Paulo
A direção da Fenametro convoca todas as trabalhadoras e trabalhadores metroferroviários, sindicatos, movimentos e a população a ocupar as ruas no Ato Contra as Privatizações, no dia 27 de junho, às 15h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
O governo Tarcísio de Freitas quer entregar tudo: já vendeu a Sabesp, e agora mira no transporte sobre trilhos, na CPTM, no Metrô, nas escolas, hospitais, parques. Um projeto de desmonte do serviço público, que destrói direitos, ataca os trabalhadores e trabalhadoras e penaliza quem mais precisa: a população.
A Federação reafirma em alto e bom som: transporte não é mercadoria! Dia 27 é dia de levantar a voz por um sistema público, acessível, seguro e com direitos para quem trabalha nele. A privatização do transporte é exclusão social, é tarifa mais cara, é precarização e desemprego.
📢 No dia 27, venha com seu colete, seu cartaz, sua bandeira e sua voz!
Privatizar é excluir. Defender o transporte público é defender o povo!
A privatização da Linha 7-Rubi avança e, como sempre, quem paga o preço são os trabalhadores e a população. O Tribunal Regional Trabalho (TRT) deu 48 horas para a CPTM e a gestão Tarcísio de Freitas explicar o que pretende fazer com seus próprios funcionários, que hoje atuam na linha — e que, até agora, seguem no escuro sobre seu futuro.
A resposta da empresa? Um PDI genérico, nenhuma garantia, nenhum estudo. Isso é o que a privatização entrega: precarização, incerteza e descaso institucionalizado.
Não há projeto de mobilidade pública possível no qual os profissionais são tratados como descartáveis. A entrega da Linha 7 à TIC Trens é mais um capítulo do desmonte do transporte sobre trilhos imposto por Tarcísio de Freitas. O lucro privado passa por cima do direito ao trabalho e do direito à cidade. A terceirização e a concessão não melhoram o serviço — elas reduzem salários, demitem em massa, e colocam a população em risco com um serviço instável e precarizado.
A Fenametro reafirma seu total apoio ao Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e ao Sindicato dos Metroviários. Seguimos firmes e vigilantes na defesa de um transporte sobre trilhos público, estatal, acessível e com trabalhadores valorizados. Defender o metrô e os trens públicos é defender o futuro das cidades e o direito do povo de se locomover com dignidade.
Vale lembrar que as linhas privatizadas em São Paulo acumulam problemas recorrentes: atrasos constantes, superlotação e falhas técnicas. A tarifa aumenta, e só piora a segurança para os trabalhadores e o acesso ao serviço pela população. A lógica do lucro vem antes do bem-estar da população. Funcionários terceirizados, mal treinados e mal pagos, comprometem a segurança nas estações. É o povo que paga caro por um transporte cada vez mais excludente e instável.
A cada dia fica mais evidente o que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo já denunciava: a terceirização das linhas de bloqueio não era “só atendimento ao usuário”. A WORKS, empresa contratada pelo Metrô, agora escala trabalhadores e trabalhadoras para o período noturno, quando não há circulação de passageiros. Isso comprova que a terceirização veio para substituir os OTM 1 e destruir os postos de trabalho conquistados com luta.
Essa é a cara da privatização por dentro: tiram concurso, terceirizam funções essenciais e colocam a vida da população em risco com serviços precarizados. O Metrô mente quando diz que não há substituição. Pior: enquanto acidentes se multiplicam nas estações, a direção segue desmontando o serviço público e ignorando a urgente necessidade de contratar por concurso público.
A Fenametro reafirma seu total apoio ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo e segue firme na luta pela manutenção e fortalecimento do transporte público sobre trilhos. O que está em jogo é o direito à mobilidade, à segurança e ao trabalho digno. A saída não é terceirizar: é valorizar o metrô público, com quadro próprio e serviço de qualidade para todas e todos!
Em 09 de junho de 2014, data em que 42 metroviários de São Paulo estavam sendo demitidos numa demonstração de perseguição política e tentativa do Governo do Estado de SP impedir a luta da categoria, que em uma greve de 5 dias fez repercutir no mundo a busca pelos direitos.
Mês de junho é um mês marcante para a categoria, pois além da luta intensa que garantiu direitos, foi o mês das demissões, também um mês que ensinou muito da luta de classes, foi um período de grande demonstração de solidariedade de todos os metroviários do país, mas também de outros trabalhadores no mundo inteiro.
Mas junho não marca apenas as demissões, mas após 4 anos, após muita luta, chegou a vitória da reintegração, em que a data efetiva do retorno às áreas de atuação se deu em junho.
Os metroviários estiveram em muitos junhos de luta, …2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019, se procurar no histórico de mobilizações no país, os metroviários estiveram lá.
Estamos em junho de 2020 num momento inédito em que mais uma vez precisamos de muita unidade e força para enfrentarmos os ataques dos governos e marcaremos mais uma vez o mês de junho na defesa dos direitos, pela democracia, contra o racismo, em defesa da vida acima do lucro.
A Fenametro esteve presente, participando e apoiando a batalha contra os governos. A Federação lembra a data, que não pode se perder no tempo, pelo contrário, deve estar sempre na memória de todos como parte da construção de uma luta maior. Sempre deve ser mostrado que a luta faz diferença na vida dos trabalhadores e a história dá o ânimo necessário para que todos sigam nessa entoada.
Os metroviários são parte de várias histórias e, algumas contadas em filmes que contam com cenas reais da categoria. Um deles, Futuro Junho. Documentário de Maria Augusta Ramos, o qual mostra um pouco dessa história com cenas reais da greve dos metroviários de SP em 2014.
Que venham muitos junhos de luta e os metroviários estejam firmes, unidos, sempre presentes para que a classe trabalhadora alcance sua vitória.
Confira a pesquisa O Trabalho dos metroviários de São Paulo realizada pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), ligada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho.
Relatórios Técnicos
Autor: Cristiane Queiroz B. Lima, Daniela Sanches Tavares, Maria Maeno
Unidade: Fundacentro. Coordenação de Saúde no Trabalho.
Assunto: Transportes metroviários. Trabalhadores. Condições de trabalho. Risco profissional. Saúde do trabalhador. Metrô. São Paulo (Estado)
Ano: 2015