Notícias

SUS: Uma revolução que o Brasil precisa multiplicar

15.07.25 Destaques, Notícias Tags:, , ,

Num mundo onde saúde e mobilidade viraram mercadorias, o Brasil ousou sonhar diferente. Ousou criar o SUS — o maior sistema público de saúde do planeta — e agora ousa propor o SUM — um Sistema Único de Mobilidade, com os mesmos pilares: universalidade, gratuidade, solidariedade e cooperação entre os entes públicos.

Criado na Constituição de 1988, o SUS garante o direito à saúde a todos e todas, sem distinção. Um feito raro, que surpreende até quem vive em países ricos, como mostrou o jornalista norte-americano Terrence McCoy, atendido com dignidade num hospital público em Paraty, sem pagar nada. Sem papelada, sem burocracia. Só cuidado. Só SUS.

Isso é o SUS: um sistema que vacina, que opera, que salva vidas. E que funciona apesar de anos de ataques, subfinanciamento e má gestão. O problema do SUS não é o seu ideal. É a sabotagem dos governos que tentam entregar a saúde pública para o mercado. Mesmo assim, o SUS resiste — porque o povo sabe o que é ter esse direito na veia.

Agora, é hora de ampliar essa revolução para outro direito essencial: o transporte público.
A mobilidade urbana no Brasil está em colapso: ônibus lotados, metrôs precários, tarifas altas, greves causadas por falta de investimento, e uma lógica perversa em que quem banca o sistema é justamente quem mais precisa dele: o povo trabalhador.

Veja também  Campanha em defesa das empresas e bens públicos será lançada no Rio de Janeiro

Por isso, a Fenametro trava o debate sobre a construção de um Sistema Único de Mobilidade (SUM), uma proposta inspirada nos princípios do SUS. Um transporte público com gestão compartilhada entre União, Estados e Municípios, com financiamento público e controle social, garantindo o direito de ir e vir com dignidade.

O SUM pode mudar tudo:

• Reduzir (ou zerar!) tarifas;
• Ampliar a frota com veículos não poluentes;
• Melhorar estações, terminais, calçadas e infraestrutura;
• Integrar modais de transporte urbano e interurbano;
• Tirar o transporte das mãos do lucro e devolvê-lo ao povo.

Assim como o SUS salvou vidas durante a pandemia, o SUM pode salvar as cidades do colapso social e ambiental. Sem transporte público, não há saúde, educação, trabalho, lazer, cultura. Sem transporte, não há cidadania.

O SUS é prova de que o Brasil sabe construir políticas públicas revolucionárias. O SUM é o próximo passo.

Fenametro na luta pelo direito de ir, vir e viver com dignidade: SUS na saúde, SUM na mobilidade!