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Rio em colapso: a privatização que serviu ao lucro e abandonou o povo

11.07.25 Destaques, Notícias, Rio de Janeiro Tags:, , ,
Descarrilamentos constantes na Supervia (Agetransp)

Vagões lotados e em péssimas condições, calor insuportável, insegurança constante e trabalhadores(as) precarizados(as). Esse é o retrato do sistema ferroviário do Rio de Janeiro após quase três décadas de privatização da SuperVia. Um cenário de abandono que escancara o fracasso da lógica de entregar um serviço essencial ao capital privado.

Vinte e sete anos depois de assumir a concessão dos trens urbanos, a SuperVia devolve a operação ao Estado do Rio com o sistema em frangalhos — mais caro, mais lento e mais perigoso. A promessa de modernização ficou só no papel. Em 1998, estimava-se que o serviço alcançaria 2 milhões de passageiros por dia em cinco anos. Em 2025, a realidade é a mesma de quando começou: cerca de 300 mil usuários por dia.

A ineficiência é alarmante. O tempo de viagem entre as estações Central e Santa Cruz, por exemplo, passou de 75 minutos em 1998 para 98 minutos hoje. Além disso, os trens operam com frota antiga, trechos sem eletrificação, trilhos deteriorados, dormentes apodrecidos e falhas graves de sinalização. Um verdadeiro cemitério de trens.

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Esse é o resultado de um modelo que coloca o lucro acima da vida. A Fenametro vem denunciando há anos a situação do transporte sobre trilhos no Rio de Janeiro e frisa esse direito que não pode ser tratado como mercadoria. Direito não se vende, se defende!

A Federação seguirá na luta por um sistema metroferroviário público, estatal, eficiente, com controle social e valorização dos(as) trabalhadores(as). A experiência do Rio de Janeiro deve servir de alerta ao país inteiro: privatização não resolve, só piora.

📢 Chega de tarifa cara e serviço ruim! Transporte é direito, não negócio!

Fenametro – em defesa do transporte público de qualidade e sob controle da população e dos(as) trabalhadores(as).