O descarrilamento de um trem da SuperVia, ocorrido no dia 6 de outubro nas proximidades do Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, é mais uma prova de que a privatização do transporte público tem um custo alto — e quem paga é a população.

Segundo a própria concessionária, o acidente pode ter sido causado pelo furto de 72 placas de fixação dos trilhos, peças fundamentais para garantir a segurança da via. Nenhum passageiro se feriu, mas o ramal Belford Roxo ficou parcialmente paralisado, causando transtornos a milhares de trabalhadores e trabalhadoras que dependem do trem diariamente.

Esse tipo de situação escancara o abandono, corte de trabalhadores e a falta de investimento que marcaram a SuperVia desde que foi entregue à iniciativa privada. A busca por lucro rápido substituiu o compromisso com a manutenção, a segurança e o atendimento à população.

A Fenametro e o Simerj alertam: esse é o futuro que ameaça a Trensurb e a CBTU se as privatizações avançarem. O exemplo do Rio de Janeiro mostra que o desmonte das empresas públicas de transporte só traz precarização, insegurança e exclusão social.

O transporte sobre trilhos é um serviço essencial, não uma mercadoria. É dever do Estado garantir segurança, qualidade e tarifas acessíveis — não transformar o direito de ir e vir em negócio lucrativo para poucos.

🚆 Privatização é descarrilamento certo. Defender o transporte sobre trilhos é defender a vida o projeto de país mais sustentável, inclusivo e desenvolvido.