Metroviários em GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Por realização de concurso público, melhorias do serviço para a população, cumprimento do acordo coletivo e melhores condições de vida e trabalho.
A greve dos metroviários, iniciada em 19/04, foi suspensa pela categoria no mesmo dia, mediante acordo do GDF para: abrir novo prazo de negociação de duas semanas; continuação das mesmas condições de jornada de trabalho anteriormente ajustadas entre Metrô/DF, Sindmetrô/DF e Ministério Público do Trabalho; e autorização da empresa para ajuizar dissídio de greve, caso se mantessem frustradas as negociações.
Mas o GDF não cumpriu o que acordou com a categoria. Nas duas semanas concedidas de prazo, não houve negociações. Na 1ª reunião de negociação com o Sindicato, descobrimos que o encontro sequer tinha sido marcado na agenda do Secretário de Administração, Sr. Wilmar Lacerda. Com total descaso, a Secretaria de Administração não se deu ao trabalho sequer de desmarcar com a categoria e simplesmente não compareceram na reunião previamente marcada. A jornada de trabalho dos pilotos também não foi retomada nas mesmas condições previstas pelo estudo que balizou sua realização, intensificando ainda mais as doenças relacionadas ao trabalho, que foram motivadas por ingerência da Companhia na criação de mais um posto.
No dia 27/4, houve reunião com o GDF, mas sem propostas de negociação.Houve tão somente nova promessa do governo e pedido de mais prazo, de 30 dias, para negociar. Perguntamo-nos: se o acordo que suspendeu a greve não havia sido cumprido, que motivos a categoria teria para conceder mais 30 dias para esse governo que não tem palavra?! Para não entrar em greve, o Sindicato havia apresentado contraproposta de manter apenas as cláusulas que não necessitariam de alteração e propôs negociar somente as melhorias das condições de trabalho. A contraproposta do Sindicato foi rejeitada pelo GDF, que insiste em reduzir direitos da categoria.
PROPOSTAS MICHAEL JACKSON
As atuais propostas ofertadas pelo Metrô/DF e GDF se pautam em retrocesso de direitos e foram batizadas pela categoria de “Propostas Michael Jackson”: o que, aparentemente, é um avanço, só anda pra trás. Ex: Auxílio-creche e educação. Atualmente, é paga a cobertura de 0 a 7 anos no valor de R$ 276,00, e cobertura de 7 a 14 anos no valor de R$ 200,00. A proposta da empresa é de aumentar o valor para R$ 368,00 no período de 0 a 7 anos e suprimir a cobertura de 7 até os 14 anos. Ou seja, somando os dois períodos de cobertura, atualmente o benefício chega a R$ 476,00, e a proposta da empresa é de retroceder a um valor de R$ 368,00, além de suprimir a cobertura do auxílio-educação.
Outra proposta no estilo Michael Jackson é a de não conceder à categoria o reajuste de reposição da inflação (INPC), calculado aproximadamente 7%, e de conceder apenas o benefício de anuênio, que prevê reajustes de 1% a cada ano trabalhado na Companhia. Ora, se a maioria dos empregados tem menos de 5 anos trabalhados, o valor do benefício despendido com o pagamento do anuênio na sua maioria será de até 5%, e não cobre sequer a reposição de perdas pela inflação, estimada em 7%.
Considerando que a data-base da categoria dos metroviários é dia 1º de abril e o processo negocial foi iniciado anteriormente a essa data, a categoria já conta com mais de 120 dias em que pleiteia o fechamento do acordo coletivo de trabalho 2012 e nenhuma proposta de melhorias foi apresentada pelo Metrô/DF, tampouco pelo GDF. A vigência do Acordo Coletivo de Trabalho 2011 já expirou e, atualmente, a categoria está sem direitos assegurados. Se o Metrô/DF e GDF não negociam, não cumprem o que prometem, e só pretendem entrar em acordo para reduzir direitos, não nos resta alternativa senão a de decretar GREVE POR TEMPO INDETERMINADO até o fechamento efetivo do acordo coletivo de trabalho 2012.
Fonte: SINDMETRÔ/DF
