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Fenametro: “Querem privatizar o futuro das nossas cidades!”

10.06.25 Destaques, Notícias, Pernambuco Tags:, ,

A audiência pública realizada nesta segunda (9) na Câmara Municipal do Recife marcou mais um importante momento da luta em defesa do metrô público. A atividade, presidida pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB/PE), reuniu trabalhadores, trabalçhadoras, representantes sindicais, parlamentares, movimentos sociais e usuários para denunciar os impactos da possível privatização do Metrô do Recife — um processo que ameaça não apenas o direito à mobilidade, mas também a qualidade de vida nas cidades e o futuro do meio ambiente.

A Fenametro, representada pelo seu presidente Luiz Soares, reafirmou sua posição contrária à entrega do transporte sobre trilhos à iniciativa privada. Soares lembrou que a lógica privatista, longe de resolver os problemas do setor, aprofunda o desmonte do serviço, precariza o trabalho, exclui os mais pobres e compromete o planejamento urbano.

Segundo ele, a agenda de mobilização nacional, com destaque para a reunião com o governo federal marcada para o próximo dia 17 de junho, é parte da nossa estratégia para barrar esse retrocesso e cobrar do governo Lula coerência com o projeto de país comprometido com o interesse público.

Se privatizar, quem paga é você!

Privatizar o metrô significa encarecer o acesso ao transporte, reduzir a integração com outros modais e aprofundar a desigualdade nas grandes cidades. É também um caminho perigoso para o meio ambiente, já que empurra milhões de trabalhadores para modais mais poluentes, como carros e ônibus superlotados.

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Fenametro, representada pelo seu presidente Luiz Soares.

A Federação ainda destacou na auidência que o transporte ferroviário é um aliado estratégico na luta contra a crise climática, e seu fortalecimento exige investimento público, não a lógica do lucro privado.

“Privatização é tarifa mais cara, é exclusão, é precarização. É menos acesso, é mais desemprego. Privatizar o metrô é negar o direito ao transporte público de qualidade. Não é no governo Lula que a gente vai privatizar o metrô do Recife. A gente não elegeu ele para isso”.

A Fenametro tem cumprido um papel decisivo neste debate, mobilizando categorias, pressionando o Congresso Nacional e denunciando os efeitos do desmonte do setor. Mas é preciso ir além: o momento exige uma ampla frente nacional pela reestatização dos sistemas já privatizados, como o metrô do Rio de Janeiro, e por uma política pública federal robusta de fortalecimento do transporte sobre trilhos. O metrô é direito, não negócio.

Transporte é vida. Privatizar é excluir. Reestatizar é urgente!