
Uma pesquisa da Unicamp, feita por João Augusto Dunck Dalosto, revela o que os trabalhadores já sentem na pele todos os dias: o transporte público na Grande São Paulo está sendo desmontado há décadas. E não é por acaso. É um projeto que favorece o transporte individual e o lucro privado, em vez de garantir o direito coletivo à mobilidade.
Com o metrô e os trens concentrados no centro expandido e os ônibus cada vez mais precários, quem mora nas periferias enfrenta longas jornadas, faz baldeações cansativas e gasta mais com transporte. Sem opção, muita gente tem recorrido às motos para driblar a exclusão – assumindo os custos e os riscos que deveriam ser responsabilidade do Estado.
Esse cenário alimenta o discurso falso da meritocracia: como se cada um tivesse que dar conta sozinho de um problema estrutural. Enquanto isso, os governos seguem cortando investimentos e abrindo espaço para privatizações, precarizando ainda mais o transporte coletivo.
A Fenametro denuncia esse projeto de exclusão e reforça: mobilidade urbana é questão de justiça social! Defender o transporte público é defender a vida, o direito à cidade e a dignidade da classe trabalhadora. É hora de unificar as lutas contra o desmonte, contra a privatização e por um sistema de transporte público, acessível e de qualidade para todos e todas.