A Fenametro vem acompanhando com atenção e firmeza os avanços das privatizações no transporte ferroviferroviário e metroferroviário no Brasil. Diante desse cenário, a tarefa central é consolidar um diagnóstico nacional das ameaças e retrocessos, para fortalecer a resistência em cada estado e construir uma campanha unificada em defesa do transporte público, estatal e de qualidade.

Confira os estados onde há ameaça e resistência da Fenametro:

• CBTU: Enfrenta forte processo de privatização em vários estados. A Fenametro tem atuado com resistência nas bases de Pernambuco e Alagoas, onde a luta segue viva. Em Paraíba e Rio Grande do Norte, o processo também está em curso.
• TRENSURB (RS): A ameaça de privatização paira sobre o sistema, exigindo mobilização permanente da categoria e da sociedade gaúcha.
• Minas Gerais: Um dos estados mais afetados pelas políticas privatistas, com ataque direto aos serviços públicos, incluindo o transporte. Em Belo Horizonte (MG) a privatização foi concretizada recentemente, e já evidencia prejuízos para os usuários e trabalhadores.
• Distrito Federal (DF): Também sob risco, o sistema metroviário carece de investimento e sofre com a precarização, o que abre caminho para propostas de privatização.
• Rio de Janeiro: Privatizado há anos, o sistema metroviário continua alvo de críticas da população. A ineficiência da gestão privada reabriu o debate sobre a possibilidade de reestatização, uma pauta que ganha força no estado.
• São Paulo: Diversas linhas foram entregues à iniciativa privada com recursos do BNDES. O estado virou símbolo da política de desmonte do transporte público em nome do lucro.
• Piauí: Um modelo oposto ao da privatização — com forte investimento estatal e a adoção da tarifa zero, mostra que é possível outro caminho para o transporte público no Brasil.

A Fenametro está coordenando a produção de um mapeamento completo, com dados atualizados e fontes técnicas, para subsidiar a campanha nacional de enfrentamento às privatizações. Esse material será essencial para fortalecer os comitês estaduais de luta, orientar ações sindicais e mobilizar a população em defesa de um transporte público acessível, estatal e de qualidade.

A luta contra as privatizações é pela dignidade, pelo direito de ir e vir e pela soberania do serviço público.