Privatização sem freio: Linha 7-Rubi é mais uma vítima do governo Tarcísio
16.06.25 Destaques, Notícias, São Paulo, São PauloA privatização da Linha 7-Rubi avança e, como sempre, quem paga o preço são os trabalhadores e a população. O Tribunal Regional Trabalho (TRT) deu 48 horas para a CPTM e a gestão Tarcísio de Freitas explicar o que pretende fazer com seus próprios funcionários, que hoje atuam na linha — e que, até agora, seguem no escuro sobre seu futuro.
A resposta da empresa? Um PDI genérico, nenhuma garantia, nenhum estudo. Isso é o que a privatização entrega: precarização, incerteza e descaso institucionalizado.
Não há projeto de mobilidade pública possível no qual os profissionais são tratados como descartáveis. A entrega da Linha 7 à TIC Trens é mais um capítulo do desmonte do transporte sobre trilhos imposto por Tarcísio de Freitas. O lucro privado passa por cima do direito ao trabalho e do direito à cidade. A terceirização e a concessão não melhoram o serviço — elas reduzem salários, demitem em massa, e colocam a população em risco com um serviço instável e precarizado.
A Fenametro reafirma seu total apoio ao Sindicato dos Ferroviários de São Paulo e ao Sindicato dos Metroviários. Seguimos firmes e vigilantes na defesa de um transporte sobre trilhos público, estatal, acessível e com trabalhadores valorizados. Defender o metrô e os trens públicos é defender o futuro das cidades e o direito do povo de se locomover com dignidade.
Vale lembrar que as linhas privatizadas em São Paulo acumulam problemas recorrentes: atrasos constantes, superlotação e falhas técnicas. A tarifa aumenta, e só piora a segurança para os trabalhadores e o acesso ao serviço pela população. A lógica do lucro vem antes do bem-estar da população. Funcionários terceirizados, mal treinados e mal pagos, comprometem a segurança nas estações. É o povo que paga caro por um transporte cada vez mais excludente e instável.