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Trem reformado, sem operador no comando, colide em SP

05.12.12 São Paulo

Acidente no pátio de manutenção no Jabaguara, São Paulo, dia 1/12/2012 entre duas composições de trens  do metrôPor volta das 13h27 do último sábado (1º de dezembro), em São Paulo no Pátio Jabaquara do Metrô, no bloco de manutenção, após um técnico deixar a cabine do trem, a composição I 12, reformada pelo consórcio Alstom/Siemens partiu, mesmo sem ninguém no comando, colidindo com a composição A 33.

Por muito pouco a composição não atingiu um técnico de manutenção que se encontrava entre as composições e que pulou escapando ileso, ao ser alertado por um grito pelo técnico que deixara o trem vendo-o partindo sem ninguém na cabine.

A Alstom é a mesma empresa que está vendendo o novo sistema de sinalização e segurança CBTC ao Metrô de São Paulo. E uma das empresas que promovem as polêmicas reformas nos trens, custando quase o preço de uma composição nova e que já teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta no seu país de origem (França) por corromper autoridades do Terceiro Mundo.

É suspeita também de ser a depositante de milhões de dólares retidos pelo MP (Ministério Público) suíço nas contas de um ministro do TCE (Robson Marinho) e de um ex-secretário de Transporte Metropolitanos de São Paulo (Jorge Fagali Neto).

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É importante ressaltar que embora a Alstom não fornecera anteriormente seu sistema CBTC a nenhum grande metrô no mundo, mantém testes do seu sistema vendido ao Metrô de São Paulo na Linha 2-Verde, tendo inclusive necessitado da atuação indispensável dos operadores de trens. Sem eles, teria ocorrido um acidente em testes efetuados na estação Vila Prudente.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo enviará uma petição ao MPE (Ministério Público Estadual) solicitando apuração urgente por considerar o acidente gravíssimo. Essa situação pode colocar em risco a vida não só de metroviários e prestadores de serviços na empresa como também da população. Jamais o governo do Estado e o Metrô poderiam conceber a operação de trens sem a presença de um operador, que pode aplicar o freio de emergência em caso de falha do equipamento.