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Prioridade da Linha 4 do metrô de SP não é o atendimento ao usuário

18.01.13 São Paulo

Os sucessivos governos do PSDB em São Paulo sempre apresentaram as Parcerias Público-Privadas (PPPs) como a grande solução para o transporte metroferroviário. Mas nem mesmo a imensa campanha midiática para promover a Linha 4-Amarela, a primeira construída e operada pela iniciativa privada, conseguiu encobrir por muito tempo os efeitos danosos da privatização. No período da construção, a população de São Paulo assistiu estarrecida um desabamento na região de Pinheiros (que ficou mundialmente conhecido como a “cratera de Pinheiros”). O acidente de grandes proporções vitimou sete pessoas e provocou um prejuízo incalculável para os moradores da região.

O projeto da Linha 4 fugiu aos padrões históricos do Metrô. Toda a concepção visa a redução de custos e não a segurança e o conforto do usuário. Os túneis de interligação são estreitos; nas estações de transferência não existe plataforma central; os trens não têm operadores; o número de funcionários é insuficiente, são poucas as escadas rolantes…

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Na última semana, o acidente no túnel de ligação com a Linha 2 e as denúncias sobre a absurda estratégia de mandar o usuário seguir dentro do trem para desembarcar na próxima estação demonstraram a precariedade da operação dessa linha.

As entidades representativas do setor – Sindicato dos Metroviários de São Paulo e a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) – por diversas vezes denunciaram esses problemas ao Ministério Publico e à Assembleia Legislativa. Mas, até o momento, a força politica e econômica da CCR – consórcio de empreiteiras, multinacionais do setor de transporte e bancos – falou mais alto. O poder público é cúmplice dos interesses desses grupos privados.