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Em apoio à luta da comunidade da UEMG e em defesa do serviço público

10.06.25 Destaques, Minas Gerais Tags:, , ,

A Fenametro se soma à mobilização de estudantes, professores e trabalhadores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que estão em luta contra o desmonte da instituição e em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. O ataque à UEMG é mais um capítulo de uma política que mira o enfraquecimento do serviço público em todo o país — da sala de aula ao sistema de transporte.

Reafirmamos nosso compromisso com a luta em defesa do que é público, coletivo e essencial para a construção de um Brasil mais justo, sustentável e democrático. Confira a íntegra da nota:

NOTA DA FENAMETRO
EM APOIO À LUTA DA COMUNIDADE DA UEMG E EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO

A FENAMETRO (Federação Nacional dos Metroferroviários) expressa seu total apoio à mobilização da comunidade da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que resiste a mais um grave ataque à educação pública, ao direito ao ensino superior e à autonomia das instituições estaduais.

A proposta do governo Romeu Zema de “desmontar” a UEMG para utilizá-la como moeda de troca na negociação da dívida com a União revela o profundo desprezo pelo serviço público e pela população mineira. A universidade não é mercadoria, tampouco propriedade do governo: é fruto de uma construção coletiva, histórica, e representa um compromisso com o futuro do estado.

Assim como o metrô, as universidades públicas pertencem ao povo — que as construiu com luta, trabalho e investimento social — e não aos governos de plantão. A venda ou entrega de bens públicos, sejam linhas de metrô, hospitais ou universidades, sob o pretexto de “ajustar as contas”, na prática, representa o aprofundamento do desmonte do Estado e um ataque direto aos direitos da classe trabalhadora.

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A UEMG está presente em mais de 20 municípios mineiros, desempenhando um papel essencial na interiorização do ensino, na produção de conhecimento e na promoção da inclusão social. A proposta do governo escancara a lógica privatista que orienta a gestão de Romeu Zema — a mesma que levou ao desmonte do metrô de Belo Horizonte e à entrega de sua operação à iniciativa privada, com prejuízos já sentidos por trabalhadores e usuários.

Reafirmamos nossa solidariedade aos estudantes, professores, técnicos, trabalhadores terceirizados e à sociedade que luta pela manutenção da UEMG como uma universidade pública, gratuita, de qualidade e financiada pelo Estado. Rejeitamos a falsa solução da federalização, que, longe de representar avanço, significa o recuo dos compromissos públicos com a educação superior em Minas Gerais.

A luta da UEMG é também a nossa luta.
Em um cenário de crescente desmonte dos serviços públicos, somente a união das categorias e das comunidades será capaz de frear os retrocessos. Sigamos juntos e juntas na defesa do que é do povo.

Em defesa da UEMG pública!
Contra a entrega do patrimônio público!
Educação, transporte, saúde e moradia são direitos, não moeda de troca!

FENAMETRO
Federação Nacional dos Metroferroviários
5 de junho de 2025